FERNANDO BONASSI: o dono da paisagem
Entrevistei o escritor Fernando Bonassi, em 2007, para uma revista online, mas, depois de alguns anos o texto foi excluído. Então, reproduzo aqui a entrevista que foi publicada:
O escritor Fernando Bonassi |
Profissão: Escritor. Vocação: Escritor. Paixão: Literatura.
Aos 45 anos, Fernando Bonassi se tornou um dos nomes mais atuantes da atual literatura brasileira. E transita com desenvoltura por várias linguagens: cinema, teatro, televisão, literatura ficcional, crônica jornalística.
Bonassi me recebeu durante a temporada carioca da peça O incrível menino da fotografia, monólogo escrito e dirigido por ele e interpretado por Eucir de Souza, que esteve em cartaz no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro no início de dezembro de 2007.
Eucir de Souza como o menino da fotografia. Crédito: Divulgação. |
A conversa versou sobre literatura, sexo, televisão, cinema, amor, dores, teatro, família e alguns outros mundos desordenados – enquanto deixava ele transparecer certo brilho nos olhos que vêem tudo, apesar de escondidos por trás dos óculos estreitos.
Ao transcrever essa entrevista desejamos manter, ao máximo, o prazer de um encontro. E essa escolha em manter o frescor de um momento talvez ensine aos outros algo que eu mesma aprendi com ele: a crença na arte de matar cachorros para construir paisagens.
Você vive só do que escreve?
Sim, talvez eu faça parte da primeira geração no Brasil que consegue isso. Não é comum. E acho que a literatura brasileira é pouco ousada e covarde porque os escritores são diplomatas ou funcionários públicos, têm relações promíscuas com o Estado, a maior parte deles. Acho que a falta de ousadia passa também por isso. Mas também eu reconheço que faço parte de uma geração de escritores brasileiros que pela primeira vez tem a sua disposição uma indústria cultural. E quando eu digo isso, não digo que vivo de livro, mas sim do meu texto de ficção: palestras, peça de teatro, roteiro de cinema, imprensa, conferência.
Como você organizou essa carreira como uma forma de sobrevivência?
Um conjunto de reacionários italianos da minha família me ensinou que devemos fazer alguma coisa na vida da qual se consiga viver e ser feliz. Por viver em família de operários, eu sempre imaginei que eu ia ter que fazer algo que pudesse pagar minhas contas. A idéia de educação não havia na minha casa. Eu fui a primeira pessoa da minha família a entrar em uma universidade. Sempre escrevi sabendo que teria que negociar . Acho que é possível fazer um roteiro na Globo Filmes e manter alguns aspectos autorais, nem sempre, eu já saí de alguns, já fiquei em outros, mas eu sempre me preparei para produzir minha arte voltada a essa indústria cultural. E encarar a literatura como trabalho.
Sem pudores nenhum?
O pudor não é da relação profissional. Não vou escrever para gente reacionária. Na imprensa é possível fazer uma coisa pessoal, não na TV escrevendo ficção. Na Folha (de São Paulo), eu fazia uma coluna que era um conto e nunca fui tolhido por isso.
Quando falo pudor é dos próprios artistas em vender seu trabalho.
Isso é uma doença, uma idéia burguesa de quem tem herança do papai pra receber. Eu tenho que pagar minhas contas, não vou escrever para a direita mas, por exemplo, fiz o roteiro de um filme, o "Cazuza – o tempo não pára". que está longe de ser um filme bom, é ruim. Mas batalhamos para ser apenas uma mediocridade. Se deixássemos na mão da Globo Filmes, seria uma total mediocridade. O filme é uma porcaria, como tudo que a Globo sempre faz. É um modelo de ficção vendido. Eu acho que os autores de novela tinham que ser processados criminalmente porque quando se fica 40 anos dizendo para uma mulher que a única solução para ela é se casar e para o homem é enriquecer, isso vira valor social. É o método de Goebbels, repita a mentira até eles acreditarem.
Incrível é nos dias de hoje não haver ainda com naturalidade nas novelas uma família de negros como uma família qualquer, por exemplo.
Mas o problema não é esse, é o modo de se contar a história, é o tipo de história que se conta. É de forma o problema, não de conteúdo. Não basta tirar a loira e botar a negra. Não se pode ter a ilusão de que se vai trabalhar na Globo e fazer o que se quer. E isso eu não quero pra mim. Mas eu só digo isso aqui porque, pela primeira vez, a minha geração tem opções de trabalho fora dessa emissora. A indústria cultural aumentou muito, e esses poderes concentrados estão cada vez mais ameaçados.
Você não acha que os trabalhos de Luiz Fernando de Carvalho rompem um pouco isso?
Não basta botar celofane em um pedaço de ferro.
E é esse o modelo de teledramaturgia que está sendo repetido por todas as outras emissoras.
Mas as pessoas querem repetir até fracassar porque ninguém gosta de mudar.
É possível então viver de literatura?
Sim! Existe trabalho. Escrever literatura é algo muito sofisticado.
E nem tanta gente consegue fazer bem.
Não sei... Tem muita gente fazendo e tem trabalho pra muita gente. Tem é que trabalhar! Eu acordo todo dia às 8 horas da manhã e sigo até às 6 da tarde. Às vezes sai coisas lindas, outras uma bosta, às vezes tem encomenda, às vezes não. Mesmo quando não tem, eu sempre estou fazendo alguma coisa.
Você tem uma ligação com o teatro mais visceral do que com o cinema.
Claro, cinema é pra ganhar dinheiro.
Então, por que você foi estudar cinema, fazer faculdade, o que você buscava nesse tipo de formação?
Eu havia assistido a um filme, "Hiroshima mon amour" de Alain Resnais, com roteiro da Marguerite Duras. Vi aquilo e pensei: isso é impossível se fazer em livro. A impressão que tive era a de uma outra linguagem mesmo. Fui fazer faculdade de cinema querendo provocar aquele tipo de incômodo nas pessoas.
Quando assisti àquele filme, disse que queria fazer aquilo, ter aquela linguagem a minha disposição. Mas durante a graduação vi que era uma roubada porque é muito difícil de se fazer. Um pequeno filme brasileiro custa 500 mil dólares e é um inferno conseguir isso aqui, ninguém confia em ninguém. Não há financiamento pra uma coisa tão cara assim. E eu queria fazer alguma coisa para ser absolutamente senhor de mim, como sou escrevendo livro. A literatura é exercício de homens e mulheres livres, não tem patrão, você faz o que quer e com o que ou quem se quer... E isso vai decrescendo na medida em que a obra encarece ou não. Teatro é muito livre mas não tanto quanto a literatura, cinema pode ser muito livre mas jamais tão livre quanto o teatro, isso tem a ver com a quantidade de recursos envolvidos no mundo capitalista. Especialmente no Brasil, cinema é muito concentrado, são poucas pessoas que fazem, pessoas de tendência conservadora. É um cinema babaca, sem nenhuma ousadia. Se você pegar o cinema argentino ou mexicano, que são países próximos a nós, eles estão fazendo coisas melhores. O cinema brasileiro é careta. Eu fiz doze filmes, tenho um currículo bacana, mas eu não respondo por nenhum deles. Exceto "Os Matadores" que foi meu primeiro roteiro.
Nem o "Estação Carandiru"?
Não. No "Carandiru" ganhei dinheiro pra fazer. Era um diretor de sucesso, um livro de muito sucesso, peguei uma carona, fiz um trabalho razoável. A importância do filme transcendia a minha presença ali.
Você chegou a estudar teatro?
Nunca formalmente. Quando eu comecei a me interessar por ler, teve um momento que eu quis me formar. Comecei a ler os russos, os alemães, Shakespeare e assistia às provas do final de curso de Artes Cênicas da USP. No final do curso, eles montam um texto de forma careta. Faziam Becket, Pinter... Ia ver isso pra conhecer os textos porque tinha preguiça para ler teatro. Você tem que ter um preenchimento que um espectador de teatro não tem. Eu decidi ir ao teatro antes de ler e achei isso muito interessante porque acontecia uma coisa ali que não tinha a ver com literatura, a coisa física do ator e a troca com o espectador. Porque é muito solitário escrever literatura e achei que aquilo era muito bacana de se fazer. Fui a um sebo e comprei uns 10 livros de uma coleção da Abril chamada "Teatro Vivo". E vi como se organizava o texto na página, como a idéia se distribuía, já que não tinha a descrição. Foi assim que comecei a escrever teatro. Minha primeira peça - Um céu de Estrelas - não virou teatro, virou filme primeiro.
Você assistiu a "Ovo Frito" aqui no Rio de Janeiro?
Assisti e adorei a encenação que o Moacir Chaves fez.
Foi esse seu primeiro e acho que único espetáculo aqui no Rio...
Não, aqui fiz "Woyzeck" com Matheus Nachtergaele. E "Apocalipse 1.11" que fiz a dramaturgia e não foi bem aqui.
Mas "Ovo Frito" foi a única produção até agora no Rio de Janeiro, com texto seu, que não nasceu em São Paulo. Como foi que chegou aqui seu texto?
Sim, você tem razão, foi sim. Roberto Alvim que é um dramaturgo aqui do Rio chamou dez escritores para uma mostra de dramaturgos novos. Aí eu fiz o texto e mandei pro Roberto que passou para o diretor que passou para a atriz. Foi um grupo que surgiu à minha revelia. Não conhecia ninguém.
Quando você dirige um texto seu, há um certo estranhamento?
Não acredito na função do diretor. Isso é importante dizer. Acho que diretor não é necessário. Não acho que ele é importante. A necessidade de um diretor provocou a existência de atores cada vez mais medíocres e que se sujeitam a fazer as piores coisas porque não tem confiança em si próprios. Não acredito nisso.
Então você pega seu texto e trabalha como?
Eu sento com algumas pessoas inteligentes e digo: “Como vamos fazer isso, meu caro? Eu escrevi pensando assim.”
E pensando em você? Tem isso de escrever para tal ator?
Não, não! Eu escrevi (O incrível menino da fotografia) para outro ator. Conheci o Eucir (de Souza) depois. Achei que ele era melhor do que quem eu havia pensado anteriormente e dei o texto pra ele. A gente lê e começa a tomar decisões. Não é um trabalho de mesa no sentido clássico. Eu tinha certeza que o menino (da peça "O Incrível Menino da Fotografia") ia se mover, fumar um cigarro, se levantar, comer uma maçã. No primeiro dia a preparadora corporal, o Eucir, e o maquinista disseram – “Mas se ele está na fotografia porque ele vai se mexer?” Mas é claro! Ele tem que ficar parado e todo o movimento ocorreria em um determinado espaço. Eu me sento diante do ator e digo o que fiz e o que quis ao escrever, o que pensei e como imaginei que ele pudesse aparecer. Para mim, não é importante o que se vê, isso vem depois. Importante é a música do que está se dizendo. Eu queria dizer o que aquele menino diz mas não sabia que ele ia estar naquele cenário. No texto, eu descrevo uma rubrica de um cenário que não é uma foto, é o cenário de uma foto. Foi a diretora de arte que teve a idéia de transformar em uma foto e melhorou muito porque estávamos fazendo na mesinha e quando você vê no chão fica medíocre.
Então no teatro você negocia bem com todas as colaborações.
Eu escrevo sob encomenda. Então estou acostumado a escrever um conto para a Folha, com prazos, tamanhos, verbas. Esse tipo de relação é de negociação. Eu sou contratado para escrever roteiros de cinema que eu não quero escrever, sou pago para desenvolver idéias de outros. A única coisa que não sei fazer é o que o ator faz. Não quero, tenho vergonha, não entendo como alguém fica lá repetindo uma mesma coisa a noite inteira.(risos)
Que ele não escreveu.
É, que ele não escreveu, por mais bonito que seja. Isso quando não é ruim mas tem que fazer porque é trabalho. Isso não me interessa fazer. Então tudo que o ator me aporta é sempre uma surpresa. Isso que você chama de negociar é porque eu não faço o que ele faz Eu conheço a cara do Eucir, a inteligência dele e o seu potencial de invenções físicas. Então temos um patrimônio de coisas para investigar sobre o que pode acontecer com um menino que está preso numa foto. Ao longo de dois meses, com dinheiro e aluguel pago, você pode explorar isso. É possível inventar um monte de coisas do que aparentemente é nada como uma pessoa numa foto. Eu raramente ensaiava sozinho com o Eucir, era todo mundo ali, músico, assistentes, iluminadora... Ficamos brincando de imaginar do mesmo jeito que você brinca com seu filho e eu com a minha. É a mesma coisa, só há uma chave um pouco diferente.
Você tem um livro chamado O amor é uma dor feliz. Por que essa dor é feliz?
Porque dói, ficar grande dói, pergunte pro seu filho. Vai chegar um dia em que ele não vai querer mais te ajudar, vai querer te matar e isso será uma dor para ele e para você, porque não é fácil. O amor é a única coisa que está na mão da gente. É a única coisa na nossa vida moderna que as pessoas têm obrigação de fazer do jeito delas. Amor não estando à sujeição do trabalho, do tempo, do espaço. As pessoas não amam, não têm relações amorosas porque não querem ou são covardes. Acho importante o amor bom... Minha casa era horrível. Minha mãe fazia um almoço de domingo e dizia: "É gnocchi". Meu pai dizia: "É gnocchi". Meu irmão: "É gnocchi". Eu: "É gnocchi". E comíamos o gnocchi em silêncio, um tédio horrível. Eles se separaram e cada um é feliz hoje. Minha família precisou ser extinta para funcionar. Como extintos somos muito felizes, não nos vemos, não nos falamos...
Mas não é esse o destino provável de todas as famílias que desejam ser felizes?
Sim, em algum momento. Minha filha tem três anos e diz que me ama e quer casar comigo. Agora é o momento disso. A única sabedoria é viver cada coisa a seu tempo. Também não tenho ilusões quanto a isso.
Você já declarou que conhecer o Carandiru foi uma experiência cultural nova, “um mundo triste e desolado que sempre me inspirou”. É sempre um mundo triste e desolado que lhe inspira?
Sim... Tristeza... Tem uma frase super bonita de um fotógrafo francês chamado Robert Doisneau que diz: "Os lugares onde as pessoas sofreram têm mais nobreza do que aqueles onde elas se divertem". É isso. Existem dois tipos de escritores: acabou a luta de boxe, há os que saem com quem ganhou para cheirar cocaína e transar com cinco mulheres numa festa. Há outros que se sentem atraídos pela desgraça, pela tristeza e vão ver quem perdeu. Esse é o que dá um livro mais interessante. Quando se está em uma situação ruim, há menos pruridos em mostrar quem se é. A riqueza é um verniz, a cultura é um verniz, o teatro é um verniz.
Você já disse que “teatro é o lugar feliz onde encontro um grupo disposto a enlouquecer junto". Então, como você sustenta essa loucura, afinal o teatro é uma arte de difícil produção. Como é a sua experiência nesse sentido?
Eu aprendi com o cinema que para se fazer filmes bons e com pouco dinheiro tem que se concentrar dramaturgicamente em poucos lugares com durações pequenas. Meu primeiro romance começou como uma peça e acabou virando o filme "Um céu de estrelas" da Tata Amaral. É a história de um seqüestro que se passa em uma casa. O legal de escrever um monólogo é que você tem um texto para teatro, um grande conto para publicar num livro e pode adaptar para cinema também. Eu tento fazer textos nesse cruzamento de linguagens. Uma peça pode virar um romance ou um filme com pequenos rearranjos dos conteúdos. Sempre procurei isso. No caso do teatro, a loucura é partilhar com seis pessoas, mas a gente estuda, se pauta e trabalha. Loucura não deve ser desperdício e excesso. Tínhamos grana, compromisso e eu pego nota de tudo. Sou muito caxias com dinheiro público. Ganhamos o prêmio Miriam Muniz da Funarte, depois o Sesc comprou umas apresentações. Agora a Caixa nos trouxe para o Rio de Janeiro e para Brasília. Faremos ainda o interior de São Paulo em 2008 pelo governo do estado de São Paulo.
A sua peça O incrível menino da fotografia vai virar filme ou romance?
Acho que não. Não sei. Já temos um texto novo mas queremos manter essa peça no repertório enquanto fazemos outros monólogos.
Você lançou um livro chamado As melhores vibrações - uma coletânea de suas crônicas sobre sexo publicadas na coluna Macho (do jornal a Folha de São Paulo) que você escrevia a partir de cartas dos leitores. Em uma dessas crônicas você diz: "Não matarás antigos sentimentos de amor. Afinal o mundo da voltas e ex-amantes sempre podem acabar batendo na sua porta outra vez". Isso é um machismo declarado ou é realidade mesmo?
Eu escrevi isso?!
É um dos itens do decálogo do macho.
Eu nunca escrevi para homem... Leia de novo.
"Não matarás antigos sentimentos de amor. Afinal o mundo da voltas, e ex-amantes sempre podem acabar batendo na sua porta outra vez".
Você não pensa isso pra você... De certa forma?
Sim... (hesitante) Mas você aqui não estava escrevendo para um homem?
Não, é o contrário. Quando me chamaram para escrever eu disse que gostava muito de mulher para falar mal de mulher.
Mas era pra falar mal?
Não, mas qual é o comportamento do chauvinista? A coluna era muito chauvinista até eu entrar. Quando me chamaram, eu disse que ia fazer uma coluna do ponto de vista de um cara heterossexual que gosta de transar. Para mim, homens e mulheres são iguais, devem responder por tudo igualmente. Quem escrevia era o Xico Sá, que escreve muito bem, mas eu não ia fazer o que ele faz. Gosto de fuder. Não ia destruir o objeto do meu amor. Isso certamente é um decálogo do macho mas do macho moderno.
Ok, você se saiu bem!
Pra que leio tanto livro na vida?! Para alguma coisa tem que servir.... (risos)
Como eram as respostas dos leitores?
Recebia mais emails de mulheres e fazia mais sucesso com o público gay do que a coluna gay do jornal. Recebia cerca de 70 e-mails por dia, escolhia um e respondia. Para o restante, eu tinha uma resposta padrão: “Já experimentou falar isso com seu parceiro?“. As pessoas não conversam, não falam o que querem, o que não querem. Eu converso com a minha mulher.
E falavam pra você...
É... Eu dizia: “Tem que dizer pro cara, não pra mim. O problema é seu em não dizer”.
Você acha que diziam depois?
Não sei. É uma pena se não falaram porque a única forma de ser feliz é ser claro. Não conheço outro.
Há algum escritor especial em sua formação?
Eu acho que sou formado moralmente por Henry Miller. Ele dizia que para escrever você tem que se conhecer primeiro. Se você é um covarde, escreva sobre sua covardia. Não precisa ser corajoso como Hemingway, fazer uma aventura na vida para escrever e no fim dar um tiro na cabeça. Viva sua vida, se conheça, viva a plenitude de sua vida criativa e sexual, foda muito – isso ele falava de forma muito clara. Se tiver medo de foder, escreva sobre isso porque também é importante. Camus, por exemplo, tudo que sei de política aprendi com ele.
Muito obrigada, Fernando, por esse encontro.
Obrigado a você.
O incrível menino da fotografia também é Daniela Garcia (direção de arte, cenografia e figurino), Davi de Brito (iluminação), Eucir de Souza (interpretação), Marcelo Pellegrini (fotografia), Marlene Salgado (direção de produção) e Vivien Buckup (preparação corporal).
Opera Omnia (até agora) de Fernando Bonassi
Livros
Fibra Ótica
SP/Brasil
O amor em chamas
100 histórias colhidas na rua
100 coisas
Passaporte
As melhores vibrações
Violência e Paixão
Histórias Extraordinárias
A boca no mundo
O menino que se trancou na geladeira
O amor é uma dor feliz
Um céu de estrelas
O céu e o fundo do mar
Prova contrária
Crimes conjugais
Subúrbio
Diário da Guerra de São Paulo
Tá louco!
Uma carta para Deus
Vida da gente
A incrível história de Naldinho/um bandidão ou um anjinho?
Declaração universal do moleque invocado.
Por um beijo
Entre vida e morte - Casos de polícia
O pequeno fascista
Peças de Teatro
As coisas ruins da nossa cabeça
Preso entre ferragens
Telefone
Ônibus
Um céu de estrelas
Boteco
Preso entre ferragens
São Paulo é uma festa
Eu não sou cachorro
Descartes
Souvenirs
Três cigarros e uma lasanha
Pequeno sonho em vermelho
Mudança
Prova contrária
A menina que chorava que nem louca
Ovo frito
Centro nervoso
O incrível menino da fotografia
Roteiro de Cinema
Os Matadores, direção de Beto Brant
©2008 Andréa Carvalho Stark
pra citar essa entrevista
STARK, Andrea Carvalho. FERNANDO BONASSI: o dono da paisagem. Disponível em: https://andreacarvalhostark.blogspot.com/2009/09/fernando-bonassi.html Acesso em (mês e ano de acesso)